terça-feira, 26 de abril de 2016

Um coração em equilíbrio

São 5 da manhã e aos poucos o sol vai subindo ao céu, iluminando todo o espaço negro e o deixando azul.

Você começa a se espreguiçar na cama, movendo-se lentamente de um lado para o outro. Levanta com aquela camisola de seda, rendada e de alças finas que desliza sobre seu ombro, formando um lindo decote que guia meus olhos aos seus seios.

Você se dirige até a janela abre pela metade, deixando entrar uma leve brisa, fria, que arrepia todo seu corpo.

Pega sua almofada, coloca no chão e de forma bem suave e delicada senta-se sobre ela cruzando suas pernas uma sobre a outra.


E de forma bem séria inicia sua meditação, apenas ouvindo seus pensamentos e sentindo o soprar do vento, trazendo paz e harmonia para aquele quarto e sua vida.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Hoje

Hoje eu só queria uma companhia para sentar no bar, beber, conversar e dar boas gargalhadas. Hoje só preciso de alguém, seja lá quem for, apenas para me acompanhar e compartilhar esse momento de amor.

Na verdade... Hoje eu só queria você, dona do meu eterno prazer, que ao estarmos juntos consumimos o sentimento que existe entre eu e você.
Hoje eu queria sentir o arder do seu corpo em cima do meu, hoje eu só queria sentir você derretendo de excitação e consumindo todo o meu “eu”.

Hoje vejo em minha mente, você nua, vindo em minha direção. Dentro daquele quarto com pouca luz, apenas os raios solares atravessando a janela,  que quanto mais perto chegava mais me enchia de tesão.



Aos poucos você vai levantando o seu olhar, com aqueles olhos castanhos claros refletindo a luz do sol, fazendo um contraste em cima do seu corpo, mostrando-me os dois lados da mulher que existe em você.

Conforme os seus movimentos, de acordo com o deslocar do seu corpo reflete em mim o grau de excitação produzido no meu interior, gritando e se preparando para sair direto para você.


Hoje eu só queria entregar todo esse amor, todo esse desejo, seja ele pecaminoso ou proibido, a você minha flor, minha mulher, meu anjo e meu demônio. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Alunos do curso de jornalismo realizam a IV Mostra de Comunicação Visual

Os alunos do 5° período do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac), irão realizar na noite desta quinta-feira, 14, a IV Mostra Experimental de Comunicação Visual. A exposição terá início às 19 horas e será realizado no Via Verde Shopping, em frente à entrada do Cine Araújo.
Em um bate-papo com o professor – doutor Milton Chamarelli, ele nos explica como surgiu a ideia da criação dessa mostra de comunicação visual, com os alunos do curso de jornalismo, e de que forma isso pode beneficiar os acadêmicos para sua formação.



Confira a entrevista:

Professor Milton, como surgiu à ideia de realizar a primeira exposição e quando foi realizada?
A Mostra Experimental de Comunicação Visual surgiu da necessidade de trazermos para a prática os conceitos da disciplina que é ministrada aos alunos do 5° período de jornalismo da UFAC. O evento faz parte de um projeto de extensão pelo qual os alunos demonstram também conhecimento de curadoria em fotografia. A primeira Mostra foi realizada no ano de 2013, no SESC Centro, de Rio Branco.    

Um diferencial dessa mostra em relação às anteriores são as fotografias em preto e branco. Como surgiu a ideia de fazer fotos P&B?
Surgiu logo após a 3ª Mostra. Senti que precisávamos desse diferencial porque há uma história do P&B, pelo fato de as lembranças de muitos ainda se constituírem pela mediação desse tipo de imagem. As imagens em P&B remetem também à história da fotografia e do fotojornalismo. 

Qual o conceito, a representação das imagens realizadas para a 4º mostra?
Não há um conceito, embora o procuremos. Ficamos atentos ao domínio da técnica pelo discente para que eles possam fazer uma leitura do mundo, da imagem pelo viés técnico da composição de imagens.   

Fale um pouco das técnicas fotográficas aplicadas.
Como, nesse ano, as fotos são em P&B e em tamanho A3, procuramos trabalhar com as técnicas que envolvem contrastes.

Professor Milton, um grande mestre da Semiótica e da Comunicação Visual, qual a relação das imagens com o jornalismo?
Tem tudo a ver porque a imagem é uma forma de comunicar. Comunicar é transmitir uma mensagem e essa ser compreendida. Vivemos em um mundo repleto de imagens, mas será que despertamos para elas? A fotografia é uma fatia do espaço-tempo, uma arte que emoldura o real, sem ter com esse real uma relação de fidedignidade. Embora tenhamos uma sede de veracidade, a imagem pode também passar a “sua verdade”, o que, de outra forma quer dizer, uma forma de subjetividade a fim de ser compreendida intelectualmente e sentida.   

Nas mostras realizadas, há uma preocupação sua em deixar as imagens expostas para o público. Qual a influência, a relevância de um projeto sair do âmbito acadêmico e ser mostrado para a comunidade em geral?
É um projeto de extensão da UFAC, e como o nome já diz, é uma extensão das atividades da academia à comunidade. Nós devolvemos à comunidade o investimento que ela nos proporciona, como partícipes de uma instituição pública. Funciona também para aguçar a sensibilidade do público para as imagens, no momento em que elas estão em toda parte. E é também um aprendizado para aqueles que estão na vida estudantil, tanto do ensino fundamental como médio, por ser outra forma de ver a arte.    

Quando se trata de arte, fotografia, qual a importância desse trabalho para o grande público?
De estar participando de um evento que foi construído para ele. A arte não tem outro objetivo que não o ser humano. A arte é uma celebração da vida e, por essas imagens, comemorando o que podemos fazer o que podemos mudar o que podemos criar.

Conheça o currículo e a trajetória do professor Milton Chamarelli no campo da comunicação e fotografia:
Possui graduação em Letras pela Universidade Veiga de Almeida (1990), especialização em Leitura e Produção de Textos (1995), pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal do Acre, lecionando no curso de Jornalismo e na Pós-Graduação em Comunicação e Política. É parcerista da EDUFAC e atualmente é Conselheiro das Revistas Tropos (Curso de Jornalismo UFAC) e Anthesis (Curso de Letras - Cruzeiro do Sul - UFAC). É autor do Projeto de Extensão Mostra de Comunicação Visual, que está na sua 4ª edição. Tem experiência na área de Letras e Comunicação, com ênfase em Linguística, Letras e Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: semiótica, análise do discurso, comunicação visual e linguística. É líder do Grupo de Pesquisa em Semiótica Peirceana e é membro dos grupos de pesquisa Amazônia: os vários olhares e CELSA. É ensaísta e poeta.
Foto: Bleno Caleb

Foto: Ana Luiza







terça-feira, 12 de abril de 2016

Se permita, liberte-se

Hoje acordei com o corpo mais leve, mais livre, mais “zen”. Senti que na minha alma tudo estava mais esclarecido, me dando a sensação de bem estar. Senti nessa manhã nublada, um amor maior por mim, concedida pelas bênçãos de Deus.


Meu corpo não transita, não anda, meu corpo flutua perante aos demais seres iguais a mim. Percebi o quanto é bom você acordar de bem consigo mesmo e com o mundo. Mesmo acordando muito atrasado para chegar ao trabalho, só vestir a blusa do dia anterior, jogando no máximo uma água no rosto para poder despertar.

Mexa-se, ame-se, valorize-se, se der mais oportunidades para as coisas boas da vida. Não se encha de rótulos, não seja apenas mais um outdoor ambulante pelas ruas de sua cidade, desperte para as coisas mais simples da vida, tire alguns minutos do seu dia ou da sua noite para admirar as pessoas ao seu redor, com suas simplicidades, admire os pequenos sinais que a natureza se esforça para mostrar a você, e veja o quanto ela é bela.

Nem sempre a felicidade e o bem-estar irão vim acompanhados com uma bolsa cheia de dinheiro, com aquele cordão, relógio, calças e camisas de marca.

Às vezes o bem-estar vem acompanhado daquela calça velha, surrada que estava guardada dentro do seu guarda roupa há tempos. E a felicidade pode vim em um simples sorriso, mesmo que tímido, de uma pessoa com quem cruza o seu caminho no decorrer do dia.


Liberte-se, se deem oportunidades para coisas novas e simples da vida.


terça-feira, 5 de abril de 2016

Quatro de abril

O dia começou pesado, com um clima de tristeza e incredulidade. Muitos acordaram com a triste notícia do falecimento da menina - mulher, Marina de Oliveira Lima, dona de uma voz espetacular, com um sorriso encantador, e de um carisma raro de se encontrar pelas ruas de Rio Branco ultimamente.

Hoje foi um dia de homenagens a essa estudante de comunicação, homenagens essas que nunca serão o suficiente para descrever o quão importante ela foi e sempre será na vida de muitos.

Sem questionar o porquê dessa partida repentina, e sim para que serve essa perda. Muitos clichês são ditos nessas horas difíceis, mas tem um que nós seres humanos sempre iremos dizer e fazer todas as vezes que alguém muito próximo partir: “Nossa como a vida da gente é frágil, não é mesmo?”.

A Marina conseguiu fazer algo com os estudantes do curso de Comunicação Social / Jornalismo, que durante esses meus 4 anos de universidade nunca vi acontecer. Marina reuniu e uniu todos os acadêmicos do curso, algo que nem mesmo quando era para festa acontecia, infelizmente essa união aconteceu no dia de sua partida.

Isso só nos mostra o quanto somos mesquinhos dentro da nossa universidade, só mostra o quanto levamos para o lado pessoal brigas desnecessárias que poderiam se resolver ali mesmo, nos corredores do bloco Walter Félix, com um simples diálogo.


Encerro este texto dizendo: O dia 4 de abril de 2016 se despede em meio à escuridão, com um céu sem lua, com sofrimento e com valores humanos a serem revisados.